Radio escola - considerações

A rádio e a escola.
O que uma pode fazer pela outra já que elas têm tantas coisas em comum?
A mídia “rádio” é um veículo de comunicação que atua na sociedade nos diferentes níveis intelectuais, culturais, religiosos e raciais. Pessoas de diferentes classes sociais procuram as rádios para ter acesso as informações e o entretenimento. No entanto, a escola trabalha com as mesmas diferenças sociais, mas a maneira de trabalhar a informação é diferente, ela atribui uma estratégia com responsabilidade de compreender, acomodar e memorizar as informações. Esta responsabilidade faz a diferença.
Os ouvintes das rádios costumam escutá-las, diariamente, sem imposição. Ouvem de forma espontânea e de livre arbítrio. Já a escola, precisa de uma lista de freqüência, mais merenda ou outros elementos, para barganhar e garantir uma audiência satisfatória.
Qual o mistério de sedução das rádios e sua linguagem? O que faz a escola não ter uma audiência livre? Será que o aluno não é sujeito de suas ações, de seus desejos e de sua formação? Existe algum significado a ser trabalhado em conjunto, para superação dos velhos paradigmas?
Tudo isto são inquietações que levam a se repensar o papel da escola e sua forma de transmitir conhecimentos. Uma sugestão seria trabalhar estratégias de comunicação com a participação da comunidade escolar, principalmente a do aluno, desenvolvendo projetos colaborativos, produções textuais, pesquisando, expressando idéias, talentos, interagindo com o público e com competência, as informações. Tudo como um grande exercício da inteligência, do raciocínio dedutivo e da cidadania. Em contrapartida, a escola contribuirá para melhorar as rádios, com a formação de ouvintes críticos e comprometidos com a liberdade de expressão e respeito aos direito do outro.